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História
O Museu do Índio foi aberto a público no dia 27 de outubro de 1987. Sua primeira mostra evidenciava a importância das doações que propiciaram o núcleo inicial do seu acervo. Além destas, algumas coleções adquiridas pela Universidade foram delineando o seu patrimônio.
Frente à necessidade de cumprir com a documentação de seus bens culturais, o museu foi organizando uma biblioteca especializada em Etnologia, Arqueologia e Museologia. Acrescido a esta, o museu foi obtendo material audiovisual sobre as populações indígenas, o que tem contribuído com a ação educativa junto às escolas. O Museu organizou também uma hemeroteca contendo artigos de jornais sobre a questão indígena brasileira desde os anos de 1960.
Sua coleção etnográfica é composta de cerca de 2.500 objetos de, aproximadamente, 80 grupos indígenas brasileiros. Organizada em diversas tipologias: cerâmica, trançados, plumária, objetos mágicos e lúdicos, indumentária, objetos de uso e conforto doméstico, armas, dentre outras.
No campo da pesquisa, o Museu realizou diversas incursões em áreas indígenas, dentre elas, junto aos Karajá, Tapirapé, Maxakalí, o que resultou na aquisição de coleções em campo, além da obtenção de farta documentação visual e de informações relevantes sobre os grupos. As 19 exposições realizadas no período de 1987 a 2019 foram também precedidas de ampla pesquisa sobre o universo temático proposto. Diversas mostras itinerantes foram realizadas em vários lugares do município e cidades da região.
O Museu buscou definir linhas de atuação que o posicionassem diante da realidade local e nacional. Neste sentido, implementou ações que visavam a permanente interlocução com o universo acadêmico, promovendo diversos cursos, encontros, seminários, oficinas e palestras com antropólogos, linguistas, educadores, juristas, e, demais profissionais, com o objetivo de alimentar o debate em torno da questão indígena brasileira.
O Museu também buscou o constante diálogo com instituições governamentais e não governamentais, indigenistas e lideranças indígenas, trazendo a tona os problemas e conflitos reais vivenciados por estas sociedades. Além disso, tem participado ativamente de inúmeras campanhas em defesa da demarcação e reunificação de territórios indígenas, além da coleta de produtos de necessidade emergencial para diversas aldeias. No âmbito da Museologia, foram realizadas inúmeras atividades, encontros, cursos e palestras no intuito de oferecer formação e atualização para os profissionais de museus da cidade e região.
No campo da educação, o Museu incansavelmente tem buscado intervir na realidade escolar, propondo uma mudança na forma de se trabalhar a história e a cultura indígena na sala de aula. Com isso, ele tenta cumprir com seu papel ao transformar a realidade social de seu entorno.